Cachaças, cervejas e vinhos: um brinde às tradições de Minas Gerais
- Guilherme Mendes
- há 17 minutos
- 4 min de leitura

Minas Gerais carrega em seu DNA a tradição do sabor, da mesa farta e da hospitalidade. No Cerrado Mineiro, essa identidade ganha forma em alambiques familiares, cervejarias artesanais e vinícolas que transformam o território em destino de experiências autênticas.
Neste blog, convidamos você a levantar um brinde ao que Minas faz de melhor: produzir bebidas com alma, história e raízes profundas
A cachaça como símbolo cultural de Minas Gerais

Minas Gerais é reconhecida como a terra da cachaça, com mais de 300 anos de tradição na produção do destilado de cana-de-açúcar. A bebida é considerada patrimônio cultural do estado e movimenta uma cadeia produtiva que envolve milhares de pequenos produtores familiares.
Em diversas cidades do Cerrado Mineiro, essa tradição segue viva e se reflete no modo de vida, no turismo rural e na produção artesanal.
Guimarânia e a tradição dos alambiques familiares
Em Guimarânia, município do Alto Paranaíba, a história da cachaça se entrelaça com o desenvolvimento rural e a cultura dos alambiques. Técnicas passadas de geração em geração mantêm viva a tradição mineira de fabricar cachaça de qualidade.
A Cachaça Sabor Eterno é produzida em Guimarânia, com raízes na tradição mineira de alambiques familiares. Ela representa o orgulho local na produção de cachaça de qualidade. A Cachaça Sabor Eterno é fruto dessa cultura, sendo valorizada em encontros locais, festas e como presente típico da região.

Fazenda Pouso Alegre: turismo, história e sabor
Com mais de 40 anos de experiência, o Sr. Oswando Antônio de Almeida, ao lado de seus familiares, dedica-se à produção da autêntica cachaça mineira na Fazenda Pouso Alegre, em Guimarânia. Os visitantes têm a oportunidade de acompanhar cada etapa da produção, conversar com o produtor, degustar a cachaça e vivenciar o modo de vida simples e acolhedor do campo, tornando o turismo rural uma experiência sensorial e cultural.

Cerveja artesanal no Cerrado Mineiro
Além da cachaça, a cerveja artesanal também vem conquistando espaço no paladar dos brasileiros e virou símbolo de autenticidade, criatividade e qualidade. Mais do que uma bebida, a cerveja artesanal representa uma cultura que valoriza o cuidado no processo de fabricação, os ingredientes como lúpulo, malte e levedura, e a experiência singular de degustar algo único.
Cervejaria DuCarmo: da roda de amigos ao público apaixonado
A cervejaria DuCarmo foi fundada por um grupo de amigos de Carmo do Paranaíba em 2019, de uma forma despretensiosa, cujo objetivo era produzir a própria cerveja para consumo entre os amigos, e quando sobrava, eles vendiam. Até que alugaram um pequeno cômodo para a produção e para se reunir com os amigos a fim de degustar a bebida, e se divertirem.
O negócio deu certo, a cerveja estava cada vez mais procurada, e após a pandemia montaram o bar, investindo no negócio local unindo a boa música, ambiente tranquilo e acolhedor para receber os clientes e amigos. O nome homenageia a cidade, assim como valoriza a produção local, vendendo também outras bebidas como o refrigerante local.

A força da cachaça artesanal em Coromandel
Em Coromandel, a produção de cachaça (e rapadura) não se limita ao valor gastronômico dos produtos, ela representa ambiente, história, paisagem cultural, memória e o modo de viver do interior mineiro.
Dentro desse contexto, a sede da fazenda onde funciona a Fábrica de Cachaça e Rapadura, no Distrito de Santa Rosa, às margens do Rio Dourados, tem papel central para compreender a força do turismo rural no município.

A fazenda (certificada desde 2019), e em pleno funcionamento produtivo, preserva características arquitetônicas, históricas e culturais que ajudam a contar a trajetória da agricultura tradicional no Cerrado Mineiro.
Sua sede, mais que um espaço administrativo, é um ponto de referência para a comunidade rural e para os visitantes, pois abriga a alma do processo: o local onde os produtos ganham forma, onde a tradição se materializa e onde a história continua viva no dia a dia do trabalho.

A produção de cachaça em Coromandel ganha destaque no velho alambique, que preserva técnicas antigas e valoriza o sabor típico mineiro. O alambique é o coração da produção artesanal de cachaça, onde tradição, técnica e identidade se encontram. É nele que a cana-de-açúcar, após todo o processo de cultivo e moagem, ganha vida e se transforma na bebida símbolo do interior brasileiro.
Ao visitar um alambique, o turista tem a oportunidade de acompanhar de perto a fermentação e a destilação, sentir o aroma característico do cobre aquecido, compreender o cuidado com o tempo e a temperatura, e perceber a importância do conhecimento transmitido de geração em geração.

Mais que uma estrutura produtiva, o alambique é um espaço de memória, trabalho e cultura, que revela a essência do modo de fazer cachaça desde os tempos do Brasil Colônia e enriquece a experiência do turismo rural.
Vinhos no Cerrado: tradição e identidade regional
Embora a cachaça e a cerveja artesanal tenham grande destaque na região, os municípios que integram os Caminhos do Cerrado Mineiro também guardam outras surpresas. Entre elas está a produção de vinhos artesanais, que vem ganhando cada vez mais visibilidade e encantando os visitantes.

Um toque da Toscana em Cruzeiro da Fortaleza
A história começa em 1890, quando a família Bambini chega da Toscana com o propósito de contribuir para o desenvolvimento da agricultura local. A 7 km da zona urbana do município de Cruzeiro da Fortaleza, a Vinícola Bambini é referência regional, unindo tradição, cuidado artesanal e o orgulho do que é produzido em Cruzeiro da Fortaleza.
Hoje, a terceira geração está à frente da Vinícola Bambini, trazendo o Cerrado Mineiro para o mapa de produção de vinhos finos no Brasil. Os vinhos produzidos na região têm características muito próprias, resultantes de um terroir a ser descoberto. Em 2017, produziu o 1º Vinho de Inverno na Região do Cerrado Mineiro.

No Cerrado Mineiro, cada alambique, vinícola e cervejaria guarda muito mais que sabores: guarda memórias, paisagens, histórias e um jeito único de receber quem chega. Degustar essas bebidas é experimentar o território, conhecer seus produtores e sentir de perto o espírito mineiro que mantém viva a tradição.
A IGR Caminhos do Cerrado é a porta de entrada para descobrir essas experiências cheias de cultura, autenticidade e sabor.
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